terça-feira, 23 de outubro de 2012


Ciclo de palestras do Detran/RS sensibiliza estudantes para a fragilidade do corpo

Dentro das ações para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito, instituída pela ONU, a Escola Pública de Trânsito do Detran/RS promove, em instituições de ensino da Capital, o ciclo de encontros Trânsitos da Juventude. A palestra O Jovem e a Velocidade: escolhas responsáveis é ministrada pelo consultor do Detran/RS, o sociólogo especialista em segurança no trânsito Eduardo Biavati.

Os primeiros encontros acontecerão entre 24 de outubro e 19 de novembro, precedendo o período crítico de fim de ano e férias de verão. O ciclo será retomado no início do ano letivo de 2013, proporcionando uma retomada da reflexão pelas escolas, docentes e jovens. As escolas interessadas em receber o ciclo de palestras devem entrar em contato com a Escola Pública de Trânsito do Detran/RS pelo emailept@detran.rs.gov.br ou pelo telefone 3288.2041.


O foco são estudantes do Ensino Médio, que, como jovens, além de serem um centro de influência da sociedade contemporânea, formam o principal grupo de vítimas da violência no trânsito no mundo. Dados mais recentes do Detran/RS confirmam que entre 15 e 24 anos consolida-se um risco 3 vezes maior de envolvimento com acidentes. A expansão a partir dos 15 anos acompanha a ampliação da sociabilidade do adolescente, a exploração de novos padrões e itinerários de lazer, e a conquista de maior autonomia e mobilidade.


A experiência de mais de uma década de trabalho e pesquisa do sociólogo na Rede SARAH de Hospitais de Reabilitação constitui a base da palestra de Biavati, cuja ideia central é que todos são vulneráveis no trânsito, todos se machucam. A fala, recheada de ilustrações e vídeos, busca mobilizar a reflexão sobre as escolhas demonstrando como um único ato - correr em velocidade, beber e dirigir, não usar o cinto de segurança ou o capacete - pode afetar muitas vidas, propagando amplamente seus efeitos em muitas dimensões e por longos períodos.

"A palestra surpreende o senso comum que imagina que a violência no trânsito se conta apenas pelos milhares de mortos todos os anos. O jovem costuma dizer que a vida é dele e que se tiver que morrer, tudo bem. Mas a maioria das vítimas do trânsito NÃO morre nos acidentes: para cada morto, o trânsito brasileiro registra 20 feridos, e desses sobreviventes pelos menos 30% terão adquirido uma grave incapacitação física. A palestra parte desse fato para falar do corpo, da fragilidade e da atitude de autocuidado que os jovens podem promover", explica o sociólogo. 

Fonte: Detran/RS

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