domingo, 27 de fevereiro de 2011

Atropelamento Massa Critica 25022011.mp4

Por mais incrível que pareça, isto aconteceu aqui em Porto alegre. O pior é sabermos que o que este imbecil fez, vários que estavam atrás deste grupo, pensaram em fazer também!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Prestar socorro 1

Ontem, no retorno e uma alta, fui abordado por um grupo de pessoas que estavam no meio da Av. Assis Brasil, literalmente! Todos estavam auxiliando um motociclista que havia se envolvido em acidente.
Foi com preocupação que observei algumas situações:
1º Havia mais de vinte pessoas no meio da via;
2º Ninguém lembrou de sinalizar o local;
3º Não haviam ligado para a SAMU;
4º O motociclista sofreu uma fratura exposta na coxa esquerda. Quando cheguei ele estava "deitado" no colo de uma das pessoas, que o auxiliava a "fumar";
5º A carona caminhava e utilizava o celular;
6º Após alguns minutos, chegou uma equipe de jornalistas e começaram a filmar "no meio da via";
7º A vítima pediu que colocasse o osso da perna "no lugar";
Algumas ponderações importantes:
* A primeira providência em caso de acidente é SINALIZAR O LOCAL.
* Segundo, OBSERVAR A VÍTIMA(S) E CHAMAR SOCORRO.
* Terceiro, PERMANECER COM A VÍTIMA, SEM REMOVÊ-LA, ATÉ A CHEGADA DO SOCORRO.
* Todas as vítimas devem ter atenção, mesmo que pareçam BEM.
* As demais pessoas permanecem na calçada.
* Nunca tente realizar um procedimento que você não conheça, muito menos "colocar no lugar" uma fratura,ou retirar algum fragmento do corpo da vítima.
Na próxima publicação falaremos um pouco mais sobre o assunto.

Até lá.  

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O investimento barato e o caro

Na postagem anterior publiquei um filme da TAC, produzido em comemoração aos 20 anos de atividades para educação no trânsito.
A TAC, empresa responsável pelo seguro obrigatório do estado de Victória, na Austrália, produz vídeos simulando situações de risco no trânsito, produções estas reconhecidas e produzidas em todo o planeta.
Impressiona a super produção de cada uma das peças, dando a imaginar a volumosa quantia desprendida pela empresa. Sendo uma empresa privada, acredita-se que o retorno do investimento, deve ser proporcional ao lucro.
A pergunta que se faz então: por que não fazer o mesmo ou semelhante aqui no Brasil?
Pode se discutir os tipos de filmes, a abordagem, o realismo, ... mas não podemos esquecer que, em cada real investido em educação, a economia lá na ponta final, como o tratamento de feridos, é de DEZ reais!
Hoje a publicidade que é vinculada em nosso país tem que passar por concorrência pública, e custa tão ou mais caro do que a Australiana. O problema é o conteúdo produzido! Quantas propagandas chamaram nossa atenção, a ponto de refletirmos nossas ações e atitudes no trânsito?
Por que então, não deixam que a população venha a escolher o material? Estipulem o valor que vai ser investido e, as agências produzirão as peças, deixando que os usuários do trânsito escolham a melhor!
Se você também pensa assim, faça um esforço e, envie um e-mail para o Denatran sugerindo ou escreva para:
Setor de Autarquias Sul, quadra 1, bloco H, 5º andar, cep 70070-010 Brasilia-DF.
denatran@cidades.gov.br

Boa semana a todos.loco H, 5º andar CEP 70070-010 Brasília-DF - denatran@cidades.gov.br

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Roberto Damatta - Canal Livre

Na última zapeada de controle remoto na TV neste domingo, encontrei o antropólogo Roberto Damatta no Canal Livre da Rede Bandeirantes.
Autor de diversos livros, o professor Damatta publicou recentemente o livro "Fé em Deus e pé na tábua", que analisa o comportamento no trânsito.
Apesar de utópico, para a atual realidade comportamental do nosso povo, a solução do antropólogo é única e derradeira: igualdade de condições para todos os participantes do trânsito. Partindo do princípio de que somos todos iguais, o respeito para com o outro se torna evidente e, aquilo que nos disseram há dois mil anos, "Fazer aos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós", nos faz lembrar que o nosso limite termina quando começa o de outrem.
Assistam a entrevista e se puderem leiam o livro. Boa reflexão a todos.

Fonte: Rede Bandeirantes

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Abróchate el cinturón - Campaña Seguridad Vial (FIBA)

Permissão para morrer...

Nesta semana, foi noticiado que as seguradoras pagaram 60% dos prêmios de seguro, para acidentes envolvendo motocicletas.
Quando em sala de aula, debatia com com os alunos, que o atual processo de habilitação para condutores de duas rodas, está fadado à cada vez mais aumentar o número de vítimas envolvendo motociclistas. Costumava dizer que os candidatos saiam ao final com uma "Permissão para Morrer". Fatalista? Exagerado? Talvez, mas a cada ano temos um acréscimo de 40% no número de mortos, provocados por acidentes que envolvem motos e similares.
O que podemos fazer então? E quando digo nós, refiro-me a toda sociedade responsável por este morticínio. Senão vejamos:
Se você algum dia pediu pressa para entregar um remédio, pizza ou qualquer outro produto ou serviço, indiretamente está ou já contribui para aumentar esta estatística macabra. Nosso modelo de imediatismo, nos faz viver em um turbilhão de desrespeito para com o outro, colocando egoísticamente nossos "valores materiais" acima da vida. Vida essa que só lembramos quando o infortúnio ocorre aos nossos.
É importante também, que nós educadores e formadores, devemos quebrar este paradigma, buscando soluções concretas e imediatas. De que forma um condutor poderá sair para o trânsito, se as 15 ou 20 aulas práticas obrigatórias hoje para o processo de habilitação esteja restrito à uma pista fechada? O máximo que o candidato consegue é treinar equilíbrio. Pior, alguns vão para as aulas APRENDER a se equilibrar!
Em 2004, numa reunião com então diretor técnico do Detran-RS, João Batista Hoffmeister, sugerimos que fosse aplicadas aulas de trânsito para os candidatos, modificando a res. 50/98, já que esta não permitia aulas fora de local fechado, DIFERENTE do que rege a atual legislação. Além de remeter que a legislação da época não permitia, argumentou o diretor que não havia como preservar a segurança de aluno, instrutor e demais participantes do trânsito, com um aprendiz conduzindo o veículo. Contra argumentei com a possibilidade dessas aulas ocorrerem em triciclos com carenagem, chamados de "motocar", preservando as aulas em circuito fechado para aperfeiçoamento de equilíbrio. Como resposta, foi dito que não havia recursos  necessários para aquisição destes veículos. Pergunta: quanto custa um motociclista morto ou inválido?
A atual legislação prevê as aulas no trânsito, no entanto o nosso estado não cumpre. Até quando seremos cúmplices desta situação que nos envergonha e mancha com sangue nossas ruas?
Dê sua opinião!
Até a próxima.