domingo, 28 de abril de 2013


Um motociclista morre a cada 16 horas
no RS em acidentes de trânsito

Dado leva em conta acidentes registrados nos dois primeiros meses do ano.
Só nas estradas federais foram 793 acidentes com motos até março.


Aumentou o número de vítimas fatais em acidentes envolvendo motos em rodovias estaduais e federais no Rio Grande do Sul no início de 2013. Nos dois primeiro meses do ano, um motociclista morreu a cada 16 horas no estado, segundo dados do Detran-RS. 
Só nas estradas federais do estado, foram registrados 793 acidentes com motocicletas de janeiro a março. Conforme a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de 40% deles ocorreram na BR-116, uma das rodovias mais movimentadas do estado.
“Os acidentes graves com motos são diários e quase todo dia morre um motoqueiro nas nossas rodovias. A maior parte dos acidentes se dá por pressa somada à desatenção”, comenta o chefe de Comunicação da PRF, Alessandro Castro.
No fim da noite de quinta-feira (25), mais um motociclista perdeu a vida em acidente na BR-290 (freeway). Um homem de 29 anos morreu carbonizado depois que a moto em que ele estava pegou fogo ao bater na traseira de um caminhão.
Os riscos sobre duas rodas são bem conhecidos por quem faz da motocicleta um meio de ganhar a vida, como os motoboys. Pedro Ângelo Jaeger decidiu abandonar a profissão que exerceu por dois anos depois que um carro bateu na traseira da moto que ele pilotava, fazendo-o cair de cabeça no asfalto.
“A partir dali eu desisti, porque a nossa vida está em jogo o tempo todo. E, às vezes, as pessoas não enxergam isso”, diz o motorista.
Nos últimos dois anos, foram emitidas 11 mil novas habilitações para motociclistas no estado. A formação inclui nove dias de aulas teóricas, com conteúdos como direção defensiva, além de uma prova com 30 questões e mais 20 horas de aulas práticas, sempre em circuitos fechados. Só depois disso, o condutor pode sair às ruas. Mas é bom não esquecer das orientações do instrutor.

“Tem que andar conforme a regulamentação do trânsito: não fazer ultrapassagem indevida Se fizer a ultrapassagem, com a segurança de que ela vai ser bem-sucedida”, recomenda a instrutora Luciana Leote.
Fonte: G1.com

sábado, 27 de abril de 2013



Pesquisa revela os principais motivos dos acidentes

Observatório Nacional de Segurança Viária revela índices sobre os acidentes de trânsito no Brasil


(Campana, Argentina) - O WebMotors foi convidado para conhecer de perto o lançamento de a nova linha de pneus da Michelin. Denominado de Primacy 3, o composto promete ser mais eficiente em uma série de ocorrência.
 
Porém, um dos momentos mais interessantes da apresentação do novo “pisante” ficou por conta da explanação de José Aurélio Ramalho, diretor presidente da ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), organização sem fins lucrativos preocupada com os altos índices de acidentes no trânsito brasileiro e que desenvolve ações de segurança viária e veicular.
 
Segundo Ramalho, o Brasil é um dos únicos países da América Latina que conta com uma legislação completa sobre o trânsito. Ou seja, consegue atuar no excesso de velocidade e de bebida, no uso do capacete e no do cinto de segurança, assim como no transporte de crianças. Contudo, o que falta é a fiscalização. “Para ter ideia só ¼ das cidades nacionais tem o trânsito municipalizado”, explica ele.
 
Outro item desmistificado pelo diretor é que a maioria dos acidentes, no Brasil, acontece em condições favoráveis para o motorista. Ou seja:
 
- 81% dos acidentes ocorrem em vias em boas condições;
- 60% dos acidentes ocorrem durante o dia;
- 67 % dos acidentes ocorrem em pistas secas;
- 66% dos acidentes que ocorrem em piso molhado são em retas.
 
Outros dados importantes da organização sobre os tipos de acidentes são:
 
- 25% são colisões traseiras;
- 18% ocorrem em saídas de pistas;
- 12% colisão lateral no mesmo sentido (mudança de faixa);
- 9% choque com algum objeto fixo.
 
Já os “culpados” por gerarem as principais ocorrências são:
- Excesso de velocidade, curta distância para o veículo da frente, não obediência das sinalizações, ultrapassagens equivocadas, sonolência do motorista, celular e o uso de drogas. Ramalho acrescenta que para cada 10 km a mais, empurrado no acelerador, mais 10 metros são necessários para “estancar” o automóvel.
 
Um dado que incomoda, está no fato de o Brasil (3º no ranking mundial de países com maior índice de acidentes fatais) registrar 4,5 acidentes com morte por hora, 110 acidentes por dia, totalizando 40.000 por ano.
 
WebMotors viajou a convite da Michelin. No decorrer da semana falaremos mais sobre a segurança viária. 
 
Fonte: Revista Webmotors

Condutores com mais de 65 anos passam a pagar menos para renovar a CNH

Entra em vigor neste sábado (27) a Lei Estadual nº 14.175/2012, que prevê a redução de 40% nos serviços de renovação de exames de condutores com mais de 65 anos. A regra vale apenas para os serviços abertos a partir do dia 27 de abril. O objetivo é tornar o custo mais justo para o cidadão, visto que, após essa idade, o exame para renovação deve ser repetido pelo menos a cada três anos.

O sistema informatizado do Detran/RS já está ajustado para corresponder a essa alteração, e os Centros de Formação de Condutores receberam as orientações acerca do novo regramento. Como se trata de renovação da Carteira Nacional de Habilitação, o condutor já está cadastrado no sistema, que, ao constatar a idade igual ou superior a 65 anos, emite a guia de pagamento já com o devido desconto.

As principais taxas que sofreram redução foram o Exame de Aptidão Física e Mental, que passou de R$ 49,82 para R$ 29,89, a Abertura de Serviço de Renovação de CNH, reduzida de R$ 68, 71 para R$ 41,22 e a Expedição de CNH, que passou de R$ 39, 99 para R$ 23,39. No total, o custo da renovação, consideradas essas taxas, passa de R$ 157,52 para R$ 94,50. Alguns serviços de renovação podem exigir complemento, como a Avaliação Psicológica e o Exame de Legislação. Nesses casos, incidirá também o desconto de 40%.

Considerando a média no primeiro trimestre de quase 56 mil renovações/mês, mais de 10% dos condutores que renovam a CNH (cerca de 6 mil/mês) serão beneficiados pela medida. 

Fonte: Detran/RS

sexta-feira, 26 de abril de 2013


Fórum destaca propostas para a mobilidade urbana na Região Metropolitana

Ao concentrar grande número de especialistas em trânsito, urbanismo e gestão pública em três painéis, o III Forum de Mobilidade Urbana de Porto Alegre e Região Metropolitana, realizado na manhã desta quinta-feira (25), na Capital, propôs um olhar sobre a mobilidade sustentável para uma plateia lotada. Promovido pela revista Voto, o evento teve início com o painel Políticas e Programas de Educação no Trânsito - O Desafio de Reduzir Acidentes, do qual participaram, além do Detran/RS, também a EGR, a EPTC e as seguradoras Líder e Capemisa.

Planejamento
Para o presidente da EGR, Luiz Carlos Bertotto, o planejamento viário não pode ser separado do planejamento urbano como um todo. "De nada adianta um novo anel viário como o que haverá na Região Metropolitana, se houver acessos em vários pontos. O problema da cidade não apenas não se resolve, como se cria um novo foco de moradias e futuros problemas. Nesse caso, a 448 se transforma em uma nova 116", afirmou.

Quanto ao comportamento irresponsável dos condutores, Bertotto apresentou a proposta de "monitorar toda a via com câmeras, não necessariamente todas funcionando como pardais. Assim, se sabemos que pela velocidade regulamentar determinado trecho deve ser percorrido em 45 minutos e determinado veículo transpôe a mesma distância em meia hora, ele será parado pelo agente fiscalizador e retido por quinze minutos".

Seguradoras
Segundo José Aurélio Ramalho, da Líder, os números das seguradoras são os mais confiáveis. Eles apontam 61 mil mortes no trânsito brasileiro em 2012. Foram 508 mil indenizações pagas no ano passado, 70% das quais atingindo vítimas em idade laborativa (18 a 44 anos) e 50% referentes a motociclistas. Ramalho está preocupado em colocar em contato as pessoas com sequelas de acidentes e as empresas, que precisam contratar deficientes para cumprir a quota preconizada em lei: "muitas vagas permanecem em aberto e muita gente está isolada em casa, ocupando o cuidado de familiares, sem saber que poderia ter uma oportunidade de retornar ao mercado de trabalho".

Balada Segura
Ao apresentar as principais características e resultados da Operação Balada Segura., o coordenador do programa pelo Detran/RS, Adelto Rohr, afirmou que quando se fala na necessidade da mudança de comportamento, não se está destacando apenas os condutores, mas também aos próprios gestores de trânsito. "Estamos aprendendo a trabalhar em conjunto, e os primeiros sucessos nos confirmam que é somente atacando em várias frentes ao mesmo tempo, por meio da conjugação de recursos e esforços, que conseguiremos reduzir a acidentalidade", disse.

O evento prosseguiu com o painel Modelos de Inovação e Sistemas de Trânsito, com representantes do Trensurb, da Metroplan, da EPTC, do Observatório Nacional de Segurança Viária e ainda Sidney Schreiner, pós-doutor em Engenharia de Tráfego da Universidade de Kioto. O terceiro e último painel focou em Desafios Criativos para a Mobilidade Urbana. 

Fonte: Detran/RS

segunda-feira, 15 de abril de 2013



Lei Seca reduz mortes, mas não inibe acidente que mais mata nas rodovias

Colisão frontal é a principal causa de mortes nas estradas no país, diz PRF.
Governo discute pacote para endurecer lei neste mês, diz secretário ao G1.

Rosanne D'AgostinoDo G1, em São Paulo
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colisão acidentes lei seca  carnaval (Foto: Editoria de Arte/G1)
A nova Lei Seca ajudou a reduzir o número de mortes nas estradas federais no feriado de Páscoa, mas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda está em alerta para a principal causa de óbitos nas rodovias brasileiras: a colisão frontal. Com o objetivo de reduzir esse tipo de acidente, o governo planeja aprovar um pacote de medidas ainda este mês no Congresso, endurecendo multas e reforçando a fiscalização, a exemplo do que ocorreu em dezembro para coibir a mistura entre álcool em direção.
Segundo a PRF, a Lei Seca por si só não é capaz de reduzir a colisão frontal, porque esse tipo de acidente é resultado de outros fatores, como a disposição das estradas brasileiras e a imprudência dos motoristas, mesmo sem consumo de álcool. Além disso, a fiscalização é dificultada, já que a colisão pode ocorrer em qualquer ponto ao longo das rodovias, principalmente na zona rural, onde a maioria conta com apenas uma pista para ida e outra para volta.
"É um acidente muito fatal. Se vem um carro a 100 km/h e outro, no sentido oposto, também a 100 km/h, é a mesma coisa que pegar um carro e bater num muro de concreto a 200 km/h", afirma o inspetor da PRF Stênio Pires. "Por isso que nós queremos endurecer a legislação. É praticamente um homicídio, correndo o risco de matar uma pessoa de uma forma muito alta", completa.
Em 2011, foram 2.652 mortes nesse tipo de acidente, quase 2.200 em zona rural. Segundo a PRF, apesar de representar 3,5% dos acidentes, essa modalidade provoca 40% dos óbitos. Os números de 2012 ainda estão sendo auditados e não foram divulgados, mas a instituição utiliza dados dos últimos feriados para avaliar que a Lei Seca não conseguiu inibir essas mortes nas estradas federais.
No feriado de Páscoa, o número de acidentes nas estradas foi 9% menor do que no ano anterior, mas a maioria das mortes ocorreu em razão de colisão frontal. Em Minas Gerais, 76% das mortes tiveram esse motivo.
A colisão frontal continua representando cerca de 44% das mortes nas estradas federais, apesar de, no Carnaval deste ano, ter havido o menor número de mortes em rodovias em dez anos, segundo o governo, em razão da Lei Seca. Foram 100 colisões frontais provocando a morte de 70 pessoas, e mais 25 mortes em razão de ultrapassagens indevidas.
Conforme Pires, as viaturas da PRF têm se deslocado ao longo das rodovias para observar o trânsito e inibir as ultrapassagens. "Só que hoje a autuação da ultrapassagem forçada tem um valor da multa é muito pequeno, e como é o que mais mata, a gente está trabalhando junto com diversos ministérios para modificar essa infração específica", afirma.
  • Proposta quer multiplicar por 7 a multa atual, de R$ 191, e penalizar com 7 pontos na carteira quem forçar ultrapassagem perigosa, em local proibido ou acostamento.
A ideia é aumentar o rigor, aproveitando esse processo da Lei Seca, e atacar também outros pontos extremamente problemáticos que a gente tem no trânsito"
Marivaldo Pereira, secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça
Multa multiplicada por 7
Para coibir a ultrapassagem proibida, Congresso e Executivo têm discutido um pacote de medidas relacionadas à melhoria na segurança do trânsito, e a expectativa é que seja aprovado ainda este mês, aumentando multas para esse tipo de infração, afirmou aoG1 o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.
"A ideia é aumentar o rigor, aproveitando esse processo da Lei Seca, e atacar também outros pontos extremamente problemáticos que a gente tem no trânsito. A ultrapassagem não é o maior número de acidentes, mas o índice de fatalidade é extremamente alto", afirma.
Pelo texto em discussão, a proposta é multiplicar por 7 a multa atual, de R$ 191, mais 7 pontos na carteira de motorista para quem forçar a ultrapassagem perigosa, em local proibido ou pelo acostamento. O governo também quer investir em campanhas educativas, está prevista a realização de operações integradas de fiscalização, federal, estaduais e municipais.
"A Lei Seca não optou pela questão penal, mas teve um efeito muito mais importante: pautou o assunto e atingiu um ponto bastante sensível, que é o bolso. O rigor da multa sensibilizou muito mais do que projetos da questão penal", afirma o secretário.
"Há uma decisão em fazer essa modificação", afirmou o presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, deputado federal Hugo Leal (PSC-RJ). "Hoje a multa é muito baixa. Haverá também alguns casos de suspensão imediata da CNH, por exemplo, para quem ultrapassar na contramão", diz.
Segundo Leal, o texto deve ser apresentado na próxima semana, e a expectativa é que seja aprovado até o fim do mês. "Estamos escolhendo alguns projetos de lei e adequando com esse desejo de fazer o aumento das punições."
A Lei Seca elevou a multa para quem dirige sob efeito de álcool ou outra substância entorpecente, de R$ 957,70 para R$ 1.915,40. O valor que pode dobrar em caso de reincidência.
O objetivo é tirar de circulação os poucos maus condutores que trazem um risco muito grande ao cidadão que circulam de forma adequada"
 Stênio Pires, inspetor da PRF
"Nas cidades, a Lei Seca já mostrou resultado, mas nas estradas, a mistura de álcool com direção é a quinta causa de mortes", complementa Leal. "Agora vamos diminuir as mortes também nas estradas."
Também devem ser apresentadas propostas para aumentar o rigor para disputa de racha, visando a simplificação do processo administrativo para perda da carteira de motorista e para simplificar e reduzir os prazos para o leilão de veículos abandonados nos órgãos de trânsito, com a desvinculação das multas e tributos do novo proprietário.
Segundo o secretário do Ministério da Justiça, o tema é sensível, "mas a maioria dos parlamentares concordaram em agilizar os projetos existentes". "Estamos nos reunindo semanalmente."
Para o inspetor da PRF, a intenção não é multar os motoristas, mas evitar acidentes. "A grande maioria de cidadãos brasileiros respeitam o Código de Trânsito Brasileiro. O objetivo nunca é penalizar todos os cidadãos. O objetivo é tirar de circulação os poucos maus condutores que trazem um risco muito grande ao cidadão que circulam de forma adequada", conclui.

Fonte: G1.com

Detrans devem avisar vencimento da CNH

Projeto de lei aprovado por comissão da Câmara obriga órgãos a comunicar com 90 dias de antecedência o vencimento da carteira
Motorista receberá aviso 90 dias antes do vencimento / Cris Castello Branco/ SP NotíciasMotorista receberá aviso 90 dias antes do vencimentoCris Castello Branco/ SP Notícias

Dois projetos de lei que beneficiam os motoristas serão analisados nos próximos dias pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados, em caráter conclusivo. Um deles obriga os Detrans (órgãos de trânsito dos estados e do Distrito Federal) a comunicar com 90 dias de antecedência o vencimento da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

O texto aprovado pela Comissão de Viação e Transportes, em caráter conclusivo, estabelece ainda que os órgãos devem informar a quantidade de infrações e data de vencimento dos pontos anotados na carteira, nos casos de infrações cometidas no ano anterior.

O relator da proposta, deputado José Stédile (PSB-RS), disse que em alguns casos os motoristas se esquecem de observar a validade da carteira e acabam sendo punidos com multa, apreensão do documento e do veículo, que só poderá ser retirado por condutor habilitado.

O outro projeto obriga os órgãos de trânsito a fornecer aos usuários o número do protocolo de atendimento feito por centrais telefônicas, internet ou presencial, bem como solicitações verbais. O texto também determina que a resposta deverá ser dada até 48 horas após a solicitação do consumidor. Para o relator do projeto na Comissão de Defesa do Consumidor, onde o texto foi aprovado em caráter conclusivo, deputado Severino Ninho (PSB-PE), a medida irá facilitar a vida dos usuários dos serviços.

“A presente proposição cria duas obrigações para os órgãos ou entidades executivos de trânsito: fornecimento de número de protocolo e resposta ou prestação do serviço solicitado em até 48 horas, os quais, se espera, irão melhorar em sobremaneira o serviço em questão. Desse modo, consolidar-se-ia o direito do consumidor supracitado”, argumenta o relator.

Se os projetos forem aprovados pela CCJ, eles serão encaminhados diretamente para apreciação do Senado, sem serem votados pelo plenário da Câmara.

Fonte: Band.com

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Primeiro dos dois veículos do aeromóvel chegará à Capital no sábado

Transporte ligará a estação aeroporto do trensurb e o Terminal 1 do aeroporto Salgado Filho


Veículo com capacidade para 150 passageiros ficou pronto no ano passadoFoto: . / Divulgação
Primeiro dos dois veículos do aeromóvel chegará à Capital no sábado ./Divulgação
Após chegar ao Estado na sexta, o primeiro aeromóvel, que será utilizado na linha entre a estação do trensurb e o Terminal 1 do aeroporto Salgado Filho, aportará na Capital neste sábado. 

O veículo foi fabricado sob licença da empresa gaúcha Coester, idealizadora do projeto, pela T'Trans no Rio de Janeiro. O contrato prevê dois veículos — um com capacidade para 300 passageiros e, outro, para 150, que farão o trajeto de 998 metros em 90 segundos. 

Orçado em R$ 37,8 milhões, o projeto deve ser inaugurado até o final do semestre. No início das obras, em agosto de 2011, a previsão era de que a linha funcionasse no primeiro semestre de 2012. Mas o cronograma foi revisto por "interferências não catalogadas no solo", condições adversas do clima e inoperância da vencedora da primeira licitação para construir as estações, o que exigiu uma segunda concorrência.
Fonte: ZERO HORA

quarta-feira, 10 de abril de 2013


Vítimas de trânsito contam sobre a recuperação dos traumas e sequelas

Mudanças na vida dos acidentados podem ser permanentes.
Dados do Dpvat apontam que 66% das pessoas ficam inválidas.


A série de reportagem “Guerra no Trânsito”, exibida pela TV TEM, mostrou que as vítimas precisam de tratamentos físicos e psicológicos. De acordo com os especialistas, a recuperação dos acidentados geralmente é demorada e dolorida.
Em muitos casos a vítima consegue se recuperar, porém, em alguns casos os traumas são permanentes e muitas pessoas precisam se adaptar a uma nova realidade de limitações. Ter uma perna amputada, ficar paraplégico, tetraplégico, por exemplo, são sequelas que mudam a vida de quem sofreu o acidente e todos ao seu redor.
Dados do Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (Dpvat), apontam que 66% das pessoas que se acidentam ficam inválidas para sempre. A psicóloga de Itapetininga (SP), Júlia Válio, explica que em casos extremos como estes, o acidentado precisa entender a nova condição. “A vítima precisa aceitar a ajuda de uma equipe, e que entender que precisa ser cuidada. Precisa aceitar os fisioterapeutas, os psicólogos e os médicos que possam dar um suporte para que viva com mais qualidade de vida, para que viva com mais prazer. Aceitar que há uma necessidade de querer viver, e não se entregar”, afirma.
Psicológa Júlia Válio explica sobre como a vida das vítimas de acidente muda (Foto: Caio Silveira/G1)Psicológa Júlia Válio explica sobre como a vida das
vítimas de acidente muda (Foto: Caio Silveira/G1)
A psicóloga conta também que a rotina da vítima e dos familiares que moram com ela muda após o acidente. Segundo a especialista, é preciso paciência dos dois lados para seguir da melhor maneira possível. “Antes era uma vida totalmente normal, mas que ninguém dava conta. Já após o acidente a pessoa vê que, de repente, precisa de tudo, de ajuda, de um auxilio pra se locomover num curto espaço, então muda muito essa rotina, tanto de quem sofreu o acidente quanto dos familiares”, reflete.
E quando se pensa em ajuda dos familiares, uma pessoa essencial nessa hora são as mães. Maria de Lurdes Fonseca dos Santos, mãe de Thatiane que sofreu um acidente em dezembro, conta sobre como ajudou a recuperação da filha: “Até agora ainda tem que ajudar ela a levantar, mas antes era preciso até mudar o lado em que ela estava deitada. Ficou parecendo um nenê”, brinca.
A filha de dona Maria, a comerciante Thatiane Fonseca Bicudo, sobreviveu sem sequelas por um milagre, disseram os médicos. A jovem de 22 anos passou 12 dias no hospital depois de capotar o carro em uma rodovia. Dois meses depois, a única marca visível que ficou foi uma cicatriz na coluna lombar de uma cirurgia para implantação de 5 pinos. Ela conta que esperar o tempo passar para retornar à sua paixão, pedalar. “Eu estou fazendo de tudo, às vezes eu sinto um pouco de dor, mas aí eu descanso, deito. E pra pedalar, que era minha preocupação ele me deu seis meses. Então daqui a 5 meses eu já estou voltando”, afirma.
Thatiane Fonseca Bicudo precisou do auxílio da mãe para se recuperar do acidente (Foto: Reprodução/TV TEM)Thatiane Fonseca Bicudo precisou do auxílio da mãe para se recuperar do acidente (Foto: Reprodução/TV TEM)
Outra vitima dos acidentes, a auxiliar de enfermagem Valéria Rosa Cisterna, vai ter que esperar um pouco mais na recuperação para voltar a sua rotina normal. Cisterna foi atropelada em outubro de 2012, quando estava saindo de uma padaria no centro de Itapetininga. Segundo ela, depois da batia já não sentia mais a perna: “Eu sentia que a perna não mexia, mas eu fiquei bem consciente, eu não perdi a consciência de forma alguma”, diz.
Valéria Rosa Cisterna precisa das sessões de fisioterapia para voltar as atividades normais (Foto: Reprodução/TV TEM)Valéria Rosa Cisterna faz sessões de fisioterapia
(Foto: Reprodução/TV TEM)
Em janeiro ela pôde sair da cama e se equilibrar nas muletas para ir até a fisioterapia. Agora o tratamento com uma equipe de profissionais segue até junho. De acordo com o fisioterapeuta Wedney Prado, que cuida de pacientes do trânsito, atualmente a medicina oferece diversas oportunidades para uma qualidade de vida melhor. “Dentro de um processo de reabilitação física a gente pode englobar desde a parte de fisioterapia convencional à hidroterapia, à ecoterapia, enfim, existe um leque de ferramentas hoje que a pessoa tenha uma qualidade de vida melhor”, conta.
Porém todo esse tratamento e recuperação necessários possuem um custo muito alto. Segundo dados do Ministério da Saúde, o perfil dos acidentados mostra que o Brasil vai ter uma geração de jovens aposentados por invalidez, já que a maioria é economicamente ativa, entre 18 e 44 anos. Os dados apontam que as fatalidades no trânsito também são em maior número entre os jovens: mais de 45% do total.
De acordo com o ortopedista Jaime Rodrigues os acidentes de trânsito causam uma parada de atividade que prejudica toda a estrutura financeira familiar. “Fora o trauma e o drama familiar, o acidente causa um problema de sustento. Existe a parada da atividade por um período quando chega a necessidade de cirurgia por 90 ou até 180 dias sem trabalhar. Além disso, há o custo muito alto com tratamento, cirurgias, e com a recuperação da pessoa”, explica.
motocicleta (Foto: Reprodução/TV TEM)Acidentes de trânsito podem mudar a vida e a história de uma família (Foto: Reprodução/TV TEM
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Fonte: G1

sábado, 6 de abril de 2013


Ciclismo conquista cada vez mais adeptos em Porto Alegre

Apesar de ter cada vez mais gente pedalando, investimento do poder público não acelera no mesmo 

Ciclismo conquista cada vez mais adeptos em Porto Alegre Ronaldo Bernardi/Agência RBS
Educador físico Rodrigo Barcellos, 42 anos, utiliza a bici como meio de transporteFoto: Ronaldo Bernardi / Agência RBS
Um aro de metal retorcido decora a loja, oficina e montadora de bicicletas onde trabalha o educador físico Rodrigo Barcellos, 42 anos, no bairro Rio Branco.
O estrago data de 22 de janeiro de 2011, quando o bancário Ricardo Neis atropelou dezenas de ciclistas que faziam a pedalada mensal da Massa Crítica pelas ruas de Porto Alegre.
— Infelizmente, precisou daquele episódio para o ciclista se tornar mais visível na cidade — resume Barcellos.
Apelidado de Pirata pelos ex-alunos de natação por causa dos piercings na orelha e do corpo tatuado, há 15 anos, Barcellos usa a bici como meio de transporte. Atualmente, pedala 15 quilômetros do bairro Tristeza até a loja, que fica a poucas quadras do Parque da Redenção, faça chuva ou faça sol.
Pelas ruas, percebe o que muitos porto-alegrenses também estão vendo: cada vez mais gente pedalando. Tanto é que a unidade da Gaúcha Bike onde Pirata trabalha, aberta em março deste ano, é a ampliação do negócio que tem matriz na Zona Sul. Além de vender e personalizar bicicletas, o objetivo é ajudar ciclistas iniciantes a pedalar com segurança.
— Não adianta construir ciclovias, colocar bicicletas para alugar, se ninguém instruir essas pessoas sobre como andar de bike na cidade — diz o ciclista.
Confira como é pedalar de casa até o trabalho na Capital
Dezenas de iniciativas voluntárias têm feito muita gente tirar a poeira da magrela na Capital. Há até quem tenha se motivado a começar do zero, caso de Tania Pires, 62 anos, presidente da ONG Centro de Inteligência Urbana de Porto Alegre.
Motivo de chacota ao desafiar alguns amigos a ensiná-la a pedalar, ela firmou uma parceria com a loja Dudu Bike, que empresta as bicicletas e os instrutores, e com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que ministra as aulas teóricas. Desde setembro do ano passado, 250 alunos já passaram pela BiciEscola, que já inspira iniciativas semelhantes em Cachoeira do Sul e Pelotas.
— Assim como eu, milhões de pessoas não sabiam andar de bicicleta, só que não tinham oportunidade de aprender — compartilha Tania.
Para quem está inseguro, as pedaladas coletivas ajudam a criar coragem, na opinião do bancário Leandro Leite, 38 anos. Há três anos no setor de informática do Banrisul, ele resolveu comprar uma bicicleta para ir ao trabalho. Pedalando nove quilômetros, do Teresópolis até o Centro, e vice-versa no fim do dia, já emagreceu 20 quilos. Agora, faz campanha para que mais colegas ocupem as vagas do bicicletário.
— Participar de um passeio noturno é um bom começo, porque o trânsito já é mais calmo e tem outros ciclistas para dar dicas — sugere, comemorando também a possibilidade de socialização nas pedaladas.
Era essa a intenção do funcionário público Juarez Pereira, 47 anos, quando começou a organizar as rotas ciclísticas que partem do Gasômetro todas as terças e quintas, às 20h, e aos sábados e domingos, às 17h30min. Vindo de Santana do Livramento, ele queria conhecer melhor a cidade — e as pessoas da cidade.
— Todo dia tem alguém que chega pela primeira vez. Dá para perceber que, além de começar a pedalar, as pessoas querem tirar um tempo para bater um papo, conhecer gente e curtir a cidade de uma forma mais light — descreve Pereira.

Plano Diretor Cicloviário se arrasta em disputa judicial
Apesar de ter ficado mais em foco após o atropelamento coletivo de 2011, o cicloativismo em Porto Alegre já somava pequenas conquistas desde 2009, quando o Plano Diretor Cicloviário foi aprovado. A lei previa que 20% do valor arrecadado pela EPTC em multas deveria ser revertido na construção de 495 quilômetros de ciclovias e em campanhas educativas.
Na prática, apenas 13 quilômetros já entraram em operação e a obrigatoriedade de destinar 20% da verba das multas é questionada na Justiça, sob alegação de inconstitucionalidade da parte da prefeitura.
— Somos contrários a carimbar recursos de multas para fins de investimento. Hoje, obras de contrapartida são a grande fonte de financiamento de ciclovias — argumenta Vanderlei Cappellari, diretor-presidente da EPTC.
As contrapartidas de obras da Copa, somadas a investimentos pontuais da EPTC, farão com que a malha cicloviária aumente para 50 quilômetros até maio do ano que vem. Problemas técnicos nos trechos existentes, no entanto, incomodam ciclistas ouvidos pela reportagem. Entre eles, o vereador Marcelo Sgarbossa, cuja plataforma de campanha foi movida a pedaladas.
O piso escorregadio na Avenida Ipiranga em dias de chuva, a largura de 1m06cm na Avenida Icaraí, que impede o tráfego em dois sentidos ou a ultrapassagem, e a ciclofaixa em cima da calçada na Restinga são alguns dos itens criticados. Outro, é o fato de as rotas não estarem sendo implantadas de maneira gradual e contínua, e sim em pequenos trechos desconectados.
— Isso penaliza o ciclista, não permite que a bicicleta seja um meio de transporte viável. As ciclovias acabam cheias no fim de semana, apenas para o lazer — avalia Sgarbossa.
Apesar das ressalvas, o vereador considera positiva a existência de ciclovias e o uso da bicicleta nas horas de lazer, pois isso ajuda quem tem medo de pedalar a perder esse bloqueio.
Fonte: Zero Hora

Sinaleiras emperram o trânsito em Porto Alegre

EPTC justifica que é preciso proteger a vida dos pedestres e disciplinar o tráfego de automóveis

Cantrais de controle verificam se fluxo está adequado<br /><b>Crédito: </b> André Ávila
Cantrais de controle verificam se fluxo está adequado
Crédito: André Ávila
Além das inúmeras obras viárias em curso em Porto Alegre que alteram a rotina do trânsito em diversos bairros da Capital, os motoristas porto-alegrenses têm reclamado do tempo dos semáforos. Para alguns condutores, existe um excesso de sinaleiras que prejudicam a circulação dos veículos e a consequência do 'para e anda' é o aumento dos congestionamentos. Entretanto, um outro grupo afirma que a presença dos semáforos ajuda a proteger a vida dos pedestres e a disciplinar o tráfego.

O diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, ressalta que a Capital possui 1.054 cruzamentos com sinaleiras que são fundamentais para a proteção do pedestre e a circulação de uma frota que passa dos 800 mil automóveis. "Se fôssemos atender a todos os pedidos que diariamente chegam à empresa, teríamos mais de 2 mil cruzamentos com sinaleiras. O cidadão quer uma via segura, principalmente perto de escolas e universidades", comenta. Segundo Cappellari, nas reuniões comunitárias realizadas pela prefeitura em bairros das zonas Sul, Norte e Leste, a principal reivindicação dos moradores à empresa diz respeito à colocação de semáforos como forma de diminuir o excesso de velocidade.

"O atropelamento é hoje a principal causa de morte no trânsito da Capital, e a proteção do pedestre ocorre com a colocação de sinaleiras ou lombadas físicas ou eletrônicas para reduzir a velocidade nos pontos de travessia de pedestres", acrescenta. Cappellari reconhece que o semáforo prejudica a circulação de carros, mas afirma que o equipamento é necessário para a gestão e distribuição do tempo nas ruas e avenidas da cidade. Segundo ele, constantemente a área técnica da EPTC atualiza os volumes de fluxo de automóveis e realiza contagem para verificar se o tempo implantado, por exemplo, nas avenidas Ipiranga, Nilo Peçanha ou Padre Cacique, é o adequado para a via.

Cappellari afirma que Porto Alegre possui uma das mais modernas centrais de controle e operação de sinaleiras do país. "Essa modernidade possibilitou a colocação de semáforos em todas as rotatórias e terminamos com o problema de congestionamentos e acidentes nesses locais", explica. Segundo ele, a Nilo Peçanha é o melhor exemplo de que a colocação de semáforos melhorou a circulação de carros. "Era um local de conflito porque o fluxo de automóveis era muito grande e os veículos que vinham das ruas Carazinho e Carlos Trein Filho quase não conseguiam entrar na rótula. Isso resultava em acidentes porque os motoristas não queriam esperar um minuto parados", diz. O semáforo colocado na região, segundo a EPTC, resultou em uma fluidez do trânsito e acabou com os congestionamento que eram históricos na região.

Outra reclamação dos motoristas diz respeito à III Perimetral. Cappellari aponta que, com a construção dos viadutos, boa parte dos semáforos será retirada da via, que, com 12 quilômetros de extensão, liga o Norte ao Sul.

Faltam vias expressas

Os congestionamentos ocorrem no trânsito de Porto Alegre porque existem gargalos pontuais em praticamente todos os bairros da cidade e uma infinidade de vias de mão única que são "verdadeiras armadilhas" para os motoristas. A opinião é do consultor de Engenharia de Trânsito, engenheiro civil Mauri Panitz. "Existe uma rede viária boa, mas incompleta, porque não temos vias expressas que permitam o trânsito rápido, sem a interferência de semáforos e cruzamentos", acrescenta.

Panitz acredita que parte dos problemas seria resolvida com a construção de pequenos viadutos em cruzamentos de maior movimento, como é o caso da III Perimetral. "Foi projetada para ser uma via expressa e hoje possui cerca de 80 semáforos", revela. Segundo Panitz, o erro da III Perimetral é a colocação do corredor de ônibus no centro da via. "São dois semáforos, um para cada sentido, que prejudicam a circulação na região", assinala.

De acordo com o engenheiro, 50% das sinaleiras da via são destinadas às estações de ônibus e 50% aos cruzamentos, o que acaba por resultar em uma circulação de veículos lenta e a formação de congestionamentos, principalmente nos horários de pico. Conforme Panitz, a III Perimetral teria mais fluidez e, por consequência, menos sinaleiras se os ônibus, ao invés de circularem pelos corredores, encostassem nas calçadas para embarque e desembarque. "Os corredores resultariam em duas pistas que poderiam ser utilizadas pelos veículos e ocorreria uma diminuição dos congestionamentos na região", projeta.

Taxistas opinam


O presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre (Sintáxi), Luiz Nozari, afirma que Porto Alegre deixou de ser a cidade sorriso para ser a cidade das sinaleiras. Ele critica o fato de os técnicos da EPTC "virarem as costas para a sociedade". "A instalação do equipamento tem de ser precedida de um estudo técnico. Então, por que não pedir a opinião de quem está no dia a dia do trânsito, como é caso dos taxistas?", questiona.

De acordo com Nozari, somente agora é avaliada a possibilidade de construção de viadutos na III Perimetral para eliminar as sinaleiras. "São obras que deveriam ter sido construídas há pelo menos duas décadas, e não agora correr contra o tempo em função da Copa do Mundo." O taxista João Rodrigues Machado diz que a cidade possui muitas sinaleiras, mas as acha necessárias para preservação da vida de pedestres e controlar os motoristas que não respeitam as leis de trânsito. Para Ricardo Andrade, também taxista, teria de ocorrer a redução imediata das sinaleiras na III Perimetral. "Foi projetada para ser rápido e hoje vive congestionada pelo excesso de semáforos."

Fonte: Correio do Povo