Duas novas borboletas são pintadas em Porto Alegre para alertar sobre riscos da violência no trânsito
Desenhos indicam o local onde jovens morreram em acidentes de carro
Jaqueline Sordi
Com o objetivo de chamar atenção sobre os perigos da imprudência ao volante, duas ruas da Capital receberam, na tarde desta quarta-feira, novas borboletas que foram cuidadosamente pintadas no asfalto. Apesar de bonitas, elas representam histórias trágicas de jovens que, naqueles locais, perderam a vida em acidentes de trânsito. A iniciativa faz parte do programa Vida Urgente.
Em parceria com a empresa de sinalização viária Signasul e com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o projeto já demarcou mais de 90 pontos em Porto Alegre.
As homenagens da tarde desta quarta-feira foram para os jovens Osmar da Silva, 24 anos, que morreu após um acidente na Avenida Luiz Manoel Gonzaga, esquina com a Avenida Carlos Gomes, e para José Inácio Barcellos, 19 anos, que perdeu a vida após o carro em que estava se chocar contra um poste na Avenida Edgar Pires de Castro.
O acidente de José Inácio ocorreu há quase dois anos, mas a precisão com que a mãe, Nilza Barcellos da Silva, conta a história que interrompeu a vida de seu filho, é como se a tragédia tivesse acontecido há poucos minutos.
O mais impressionante é que não havia sido primeira vez que o caçula entre três irmãos sofria as consequências da guerra no trânsito. Oito meses antes do acidente fatal, ele teve o braço direito amputado ao cair de uma moto. Após permanecer durante algumas semanas no hospital "entre a vida e a morte", José Inácio rapidamente voltou à ativa, conta dona Nilza:
— Ele não se abateu, pois tinha muita vontade de viver. Mesmo perdendo o braço, ele continuou os estudos e o trabalho.
Para ajudar o filho, os pais do jovem compraram um carro adaptado às suas necessidades. Desde então, ele começou a fazer um curso para aprender a dirigir com suas limitações. Enquanto isso, era levado ao curso de engenharia, ao trabalho e para se divertir pelos irmãos, parentes e amigos.
Foi numa ocasião de lazer, quando voltava de uma tarde na praia com amigos, que sua vida foi interrompida. José Inácio estava no carona e, já se aproximando de casa, o motorista do carro perdeu o controle e se chocou contra um poste. Até hoje não se sabe as causas exatas do acidente, pois não havia testemunhas no local.
— Só tenho recordações lindas. Ele era tudo de bom — resume a mãe, emocionada.
A família entrou em contato com o programa Vida Urgente por acreditar que a borboleta em homenagem ao seu filho serve de alerta a outros jovens que, como José Inácio, podem ter suas vidas interrompidas pela violência no trânsito.
Mais de 15 cidades gaúchas contam com a iniciativa do programa Vida Urgente
"Cada borboleta, uma história. Cada história, uma vida". O lema do projeto da fundação Fundação Thiago de Moraes Gonzaga representa a luta da entidade que, desde 1996, busca educar a sociedade sobre os riscos da imprudência ao volante.
Criada pelos pais de um menino que morreu após um acidente de carro, a fundação já conta com mais de 15 projetos em diversas cidades do Estado que promovem ações de conscientização para incentivar uma mudança de comportamento nos jovens gaúchos.
Em parceria com a empresa de sinalização viária Signasul e com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o projeto já demarcou mais de 90 pontos em Porto Alegre.
As homenagens da tarde desta quarta-feira foram para os jovens Osmar da Silva, 24 anos, que morreu após um acidente na Avenida Luiz Manoel Gonzaga, esquina com a Avenida Carlos Gomes, e para José Inácio Barcellos, 19 anos, que perdeu a vida após o carro em que estava se chocar contra um poste na Avenida Edgar Pires de Castro.
O acidente de José Inácio ocorreu há quase dois anos, mas a precisão com que a mãe, Nilza Barcellos da Silva, conta a história que interrompeu a vida de seu filho, é como se a tragédia tivesse acontecido há poucos minutos.
O mais impressionante é que não havia sido primeira vez que o caçula entre três irmãos sofria as consequências da guerra no trânsito. Oito meses antes do acidente fatal, ele teve o braço direito amputado ao cair de uma moto. Após permanecer durante algumas semanas no hospital "entre a vida e a morte", José Inácio rapidamente voltou à ativa, conta dona Nilza:
— Ele não se abateu, pois tinha muita vontade de viver. Mesmo perdendo o braço, ele continuou os estudos e o trabalho.
Para ajudar o filho, os pais do jovem compraram um carro adaptado às suas necessidades. Desde então, ele começou a fazer um curso para aprender a dirigir com suas limitações. Enquanto isso, era levado ao curso de engenharia, ao trabalho e para se divertir pelos irmãos, parentes e amigos.
Foi numa ocasião de lazer, quando voltava de uma tarde na praia com amigos, que sua vida foi interrompida. José Inácio estava no carona e, já se aproximando de casa, o motorista do carro perdeu o controle e se chocou contra um poste. Até hoje não se sabe as causas exatas do acidente, pois não havia testemunhas no local.
— Só tenho recordações lindas. Ele era tudo de bom — resume a mãe, emocionada.
A família entrou em contato com o programa Vida Urgente por acreditar que a borboleta em homenagem ao seu filho serve de alerta a outros jovens que, como José Inácio, podem ter suas vidas interrompidas pela violência no trânsito.
Mais de 15 cidades gaúchas contam com a iniciativa do programa Vida Urgente
"Cada borboleta, uma história. Cada história, uma vida". O lema do projeto da fundação Fundação Thiago de Moraes Gonzaga representa a luta da entidade que, desde 1996, busca educar a sociedade sobre os riscos da imprudência ao volante.
Criada pelos pais de um menino que morreu após um acidente de carro, a fundação já conta com mais de 15 projetos em diversas cidades do Estado que promovem ações de conscientização para incentivar uma mudança de comportamento nos jovens gaúchos.
Fonte: ZERO HORA
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