segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O que fazer em caso de 

inundação do automóvel?

Saiba o que acontece com um carro ao ficar imerso 

em grandes volumes de água e quais são as alternativas 

para recuperá-lo

No cotidiano do motorista que circula em Porto Alegre/RS, o risco de inundação de um automóvel não se dá somente por alagamentos decorrentes das fortes chuvas e acúmulo de lixo nas ruas. Muitos casos também ocorrem a partir de acidentes, que culminam em quedas no Arroio Dilúvio, localizado na Avenida Ipiranga. 

Para saber o que fazer em situações críticas envolvendo a inundação do automóvel, confira a seguir a opinião de especialistas do setor automotivo consultados pelo Pense Carros.pense carros, perda total




















A possibilidade de recuperar um automóvel que tenha sido afetado por enchentes, alagamentos e afins, varia de acordo com o valor do carro, de cobertura – ou não - de seguro e do grau de danos provocados. Omotor não é o único fator preocupante na recuperação de um carro. Se normalmente, a substituição de lubrificantes, a limpeza e o alinhamento das peças pode ser suficiente para deixá-lo novo, a grande maioria dos carros com sistema eletrônico podem sofrer perda total. 

Nestes casos, ter um veículo inundado pode significar um alto custo para o proprietário, que,e na maioria das vezes, não vale a pena ser desembolsado. A saída para quem possui um seguro é realizar a declaração de perda total e resgatar o valor de direito.
Seguro X Perda TotalDe acordo com Rodrigo Monticelli, corretor de seguros, a perda total se configura, nos casos de acidentes (colisão ou inundação), quando o valor para recuperar o veículo ultrapassa 70% do seu valor total. 

Em caso de roubo ou furto, a perda total é decretada após dez dias do veículo não localizado. "O seguro que cobre prejuízos de grande porte é chamado de seguro compreensivo ou seguro total. Caso os danos não atinjam os 70%, o veículo é encaminhado para receber os consertos necessários, e o condutor deverá arcar com o valor de sua franquia”, explica. 
Entre os principais danos causados pela inundação do automóvel está o calço hidráulico, que consiste na entrada de água pelos filtros de ar, afetando o motor e danificando demais partes internas do veículo. Tanto as seguradoras de automóveis, quanto as oficinas, recomendam que, em caso de alagamento, desligue-se o carro com a entrada de água no assoalho e deixe-o no local até que seja possível retirá-lo.
Emerson Silveira, gerente técnico da Oficina Brasil em Porto Alegre, indica que o motorista deve atentar para o nível da água ao realizar um trajeto em uma rua alagada. “O limite máximo de água, considerado seguro para a passagem de um automóvel comum, vai até o meio da roda do automóvel, explica. 

Mesmo assim é aconselhado que o motorista dirija na primeira marcha sempre que estiver em local com relativo volume de água”, analisa. Recomenda-se ainda, que o condutor não avance com o automóvel caso perceba que outros automóveis já tiveram dificuldades e problemas, pois caso seja confirmada tal imprudência a cobertura de seguro pode ser cancelada.
Em caso de inundação 
Mas, caso a água atinja níveis preocupantes dentro do carro, Silveira indica que o motorista deva tomar duas precauções imediatas: “Assim que o condutor perceber que a água está atingindo o assoalho ele precisa desligar o carro e desconectar a bateria”, alerta. Silveira ressalta ainda que não é preciso ter receio de desligar a bateria por medo de possíveis choques “O equipamento é projetado para não acontecer esse tipo de incidente. São apenas 12 volts de eletricidade”, garante. 
Segundo ele, em casos de alagamento ou imersão do carro, as chances de o motorista ter problemas sérios no motor são altas. Mesmo assim, a maioria dos carros podem ser recuperados. “Os casos mais graves - e que acabam em perda total - ocorrem mais em carros de luxo, com sistemas eletrônicos, pois o valor de recuperação pode atingir mais de R$ 20 mil”, explica o gerente.
Para  Ayrton Brunello, proprietário da Central de Motores, de Porto Alegre, empresa especializada em peças e retífica de motores em Porto Alegre, após a retirada do automóvel da água, o teste para saber se está tudo funcionando é simples: “É preciso retirar as velas e dar a partida. Se o carro estiver com ruídos estranhos, com trepidação ou com alguma espécie de entortamento, é preciso levar para análise”, alerta.

Calço hidráulicoNo caso da ocorrência de um calço hidráulico, é necessário enviar o veículo para uma retífica (empresa especializada em recuperação de motores). Segundo Ayrton Brunello, para realizar um conserto completo na parte interna de um Gol 1.0, por exemplo, o custo fica em torno de R$ 3.000 a R$ 3.500. 

O tempo para a devolução do carro, em perfeitas condições, é de cinco a seis dias úteis. “Nossa política é de trabalhar apenas com um conserto completo do motor. Não dá para trocar parcialmente algo que pode estragar logo adiante”, acredita Ayrton.

AlertaEm caso de queda no Arroio do Dilúvio, o condutor ou a testemunha, deve acionar primeiramente, a SAMU (192), a Polícia Civil (197) e a EPTC (118). De acordo com Lucas Barroso, assessor de imprensa da EPTC - Empresa Pública de Transporte e Circulação - entre 2009 e 2012, um total de 31 veículos se acidentaram no local, localizado na Av. Ipiranga. 

Segundo Barroso, a inexistência de concentração de locais e até mesmo a reincidência de acidentes, torna mais difícil a identificação de ações para solucionar o problema. "Para evitar este tipo de acidente, foram implantados mais de 500 metros de guard rails em pontos de maior movimento da Avenida Ipiranga", salienta. 

De acordo com o órgão, os principais indícios para a causa dos acidentes são a imperícia e a imprudência. A ocorrência geralmente se dá durante a madrugada ou no início da manhã.

Fonte: Pense Carros

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