Segundo dia do Congresso Internacional de Trânsito registra realização de sete conferências
A abertura da programação do segundo dia do Congresso Internacional de Trânsito, nesta quarta-feira (18), contou com a participação do governador Tarso Genro. O chefe do Executivo destacou, durante o evento realizado na Capital gaúcha, o fato de que as políticas implementadas pelo Detran-RS já estão apresentando "um efeito extraordinário com a redução do número de vítimas fatais".
De acordo com Tarso, o Governo inseriu as políticas do Detran e dos demais órgãos envolvidos com a circulação e a mobilidade urbana no contexto do projeto que vem implementando em sua gestão. "De nada adianta termos grandes propostas estratégicas, se não cuidarmos do cotidiano das pessoas. Esse Congresso está associado à essa ideia", afirmou. A sequência do Congresso contou com a realização de sete conferências nesta quarta-feira.
Resultados positivos no Rio Grande do Sul Na primeira delas, o presidente do Detran, Alessandro Barcellos, falou sobre vícios comportamentais que precisam ser enfrentados na luta contra os acidentes de trânsito. Um deles é a tendência de considerar que o problema é sempre do outro. "A cegueira na auto-avaliação que os motoristas fazem é um dos principais problemas que enfrentamos. Não há auto-crítica. Só se aponta a falha do outro com uma lente de aumento. A culpa é sempre a imprudência e a imprecisão do outro", apontou.
Barcelos também destacou os resultados já obtidos com programas implementados pelo Governo do Estado. Em um ano, o Balada Segura conseguiu uma redução de 33% no número de vítimas fatais. Por sua vez, o Viagem Segura, somente no último feriadão de Páscoa, contabilizou a redução de 46% em relação ao ano anterior.
Brasil e Argentina assinam acordo de cooperação
Na conferência seguinte, Alessandro Barcelos e Felipe Rodriguez Laguens, diretor executivo da Agência Nacional de Segurança Viária da Argentina (ANSV), assinaram um memorando do entendimento. O objetivo do documento é o comprometimento de ambas instituições no sentido de desenvolver ações para a redução da acidentalidade, além de promover o conhecimento e a troca de experiências, incluindo visitas técnicas e cooperação para o alcance das metas da Década de Ação para a Segurança no Trânsito. Esta proposta da ONU prevê redução de 50% das mortes no trânsito até 2020. "Se os problemas são similares, as soluções não precisam ser muito diferentes. O melhor é compartilhar experiências e aprender mutuamente", destacou Laguens.
Números no Brasil
A consultora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima, apresentou números em relação à redução das taxas de mortos e feridos por acidentes com transporte terrestre no Brasil. "Apesar das ações já implementadas, o Brasil tem muitos desafios pela frente e nada a comemorar quando se fala em números", afirmou.
Cheila acrescentou que apesar da questão da prevenção de acidentes de trânsito ter entrado em pauta no Brasil antes da Organização Mundial da Saúde, "a verdade é que precisamos trabalhar muito para alcançar a meta estabelecida pela OMS de redução em 50% do número de mortos e feridos em acidentes, em 10 anos, nos 10 países que mais registram mortos e feridos por acidentes com transporte terrestre".
A receita espanhola: cooperação e mais cooperação Na parte da tarde foi a vez da diretora geral de Trânsito da Espanha, María Seguí Gómez, falar sobre a estratégia multi-institucional espanhola para a segurança viária. A articulação e cooperação entre instituições e governos locais foi a forma encontrada pela Direção Geral de Trânsito espanhola para reduzir os índices de acidentalidade. Mas apesar de apresentar bons resultados, o país segue perseguindo a meta de reduzir a zero o índice de lesões decorrentes de trânsito. "Cooperamos, cooperamos e, quando estivermos cansados, cooperamos. Com quem? Com todos os que de uma maneira, ou outra, possuam competência nessa matéria", resumiu.
Projeto Vida no Trânsito em Belo Horizonte As ações destinadas a reduzir o número de vítimas e acidentes no trânsito em Belo Horizonte foram o tema da palestra da diretora de Atendimento e Informação da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans), Jussara Bellavinha, que também é coordenadora, na Capital mineira, do projeto Vida no Trânsito.
De acordo com Jussara, a área central de Belo Horizonte é a mais crítica no que diz respeito aos problemas relacionados ao trânsito, pois abriga uma concentração muito grande de atividades. "É uma área que representa 2,6% do município, mas para a qual se destinam 40% das viagens da região. Então, há uma concentração absurda de acidentes e atropelamentos", explicou.
Campo Grande: nova metodologia na coleta de dados A chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) de Campo Grande (MS), Ivanise Rotta, apresentou a experiência de sua cidade com o projeto Vida no Trânsito, lançado em junho de 2010 pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Bloomberg Philanthropies.
Segundo Ivanise, antes do projeto a coleta de dados de acidentes de trânsito em Campo Grande era realizada apenas por meio da análise dos Boletins de Ocorrência (BOs). Hoje, esses dados são enviados ao Ministério da Saúde, que os cruza com suas próprias informações. "Assim, podemos sistematizar esses novos dados e colocar em prática nossas ações".
Custo anual dos acidentes de trânsito no Brasil: R$ 40 bilhões Na última palestra do dia, o técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, revelou que o custo anual dos acidentes de trânsito no Brasil é de aproximadamente R$ 40 bilhões. A quantia é uma atualização dos últimos dados tabulados pelo IPEA, em 2005 e 2006. Dentro desse número está o custo com acidentes em aglomerados urbanos, superior a R$ 9 bilhões, e o custo dos acidentes em rodovias, de aproximadamente R$ 30 bilhões. Maiores informações podem ser obtidas no site do Congresso emwww.congressodetransito.rs.gov.br
De acordo com Tarso, o Governo inseriu as políticas do Detran e dos demais órgãos envolvidos com a circulação e a mobilidade urbana no contexto do projeto que vem implementando em sua gestão. "De nada adianta termos grandes propostas estratégicas, se não cuidarmos do cotidiano das pessoas. Esse Congresso está associado à essa ideia", afirmou. A sequência do Congresso contou com a realização de sete conferências nesta quarta-feira.
Resultados positivos no Rio Grande do Sul Na primeira delas, o presidente do Detran, Alessandro Barcellos, falou sobre vícios comportamentais que precisam ser enfrentados na luta contra os acidentes de trânsito. Um deles é a tendência de considerar que o problema é sempre do outro. "A cegueira na auto-avaliação que os motoristas fazem é um dos principais problemas que enfrentamos. Não há auto-crítica. Só se aponta a falha do outro com uma lente de aumento. A culpa é sempre a imprudência e a imprecisão do outro", apontou.
Barcelos também destacou os resultados já obtidos com programas implementados pelo Governo do Estado. Em um ano, o Balada Segura conseguiu uma redução de 33% no número de vítimas fatais. Por sua vez, o Viagem Segura, somente no último feriadão de Páscoa, contabilizou a redução de 46% em relação ao ano anterior.
Brasil e Argentina assinam acordo de cooperação
Na conferência seguinte, Alessandro Barcelos e Felipe Rodriguez Laguens, diretor executivo da Agência Nacional de Segurança Viária da Argentina (ANSV), assinaram um memorando do entendimento. O objetivo do documento é o comprometimento de ambas instituições no sentido de desenvolver ações para a redução da acidentalidade, além de promover o conhecimento e a troca de experiências, incluindo visitas técnicas e cooperação para o alcance das metas da Década de Ação para a Segurança no Trânsito. Esta proposta da ONU prevê redução de 50% das mortes no trânsito até 2020. "Se os problemas são similares, as soluções não precisam ser muito diferentes. O melhor é compartilhar experiências e aprender mutuamente", destacou Laguens.
Números no Brasil
A consultora da área técnica de Vigilância e Prevenção de Violência e Acidentes do Ministério da Saúde, Cheila Marina de Lima, apresentou números em relação à redução das taxas de mortos e feridos por acidentes com transporte terrestre no Brasil. "Apesar das ações já implementadas, o Brasil tem muitos desafios pela frente e nada a comemorar quando se fala em números", afirmou.
Cheila acrescentou que apesar da questão da prevenção de acidentes de trânsito ter entrado em pauta no Brasil antes da Organização Mundial da Saúde, "a verdade é que precisamos trabalhar muito para alcançar a meta estabelecida pela OMS de redução em 50% do número de mortos e feridos em acidentes, em 10 anos, nos 10 países que mais registram mortos e feridos por acidentes com transporte terrestre".
A receita espanhola: cooperação e mais cooperação Na parte da tarde foi a vez da diretora geral de Trânsito da Espanha, María Seguí Gómez, falar sobre a estratégia multi-institucional espanhola para a segurança viária. A articulação e cooperação entre instituições e governos locais foi a forma encontrada pela Direção Geral de Trânsito espanhola para reduzir os índices de acidentalidade. Mas apesar de apresentar bons resultados, o país segue perseguindo a meta de reduzir a zero o índice de lesões decorrentes de trânsito. "Cooperamos, cooperamos e, quando estivermos cansados, cooperamos. Com quem? Com todos os que de uma maneira, ou outra, possuam competência nessa matéria", resumiu.
Projeto Vida no Trânsito em Belo Horizonte As ações destinadas a reduzir o número de vítimas e acidentes no trânsito em Belo Horizonte foram o tema da palestra da diretora de Atendimento e Informação da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A (BHTrans), Jussara Bellavinha, que também é coordenadora, na Capital mineira, do projeto Vida no Trânsito.
De acordo com Jussara, a área central de Belo Horizonte é a mais crítica no que diz respeito aos problemas relacionados ao trânsito, pois abriga uma concentração muito grande de atividades. "É uma área que representa 2,6% do município, mas para a qual se destinam 40% das viagens da região. Então, há uma concentração absurda de acidentes e atropelamentos", explicou.
Campo Grande: nova metodologia na coleta de dados A chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) de Campo Grande (MS), Ivanise Rotta, apresentou a experiência de sua cidade com o projeto Vida no Trânsito, lançado em junho de 2010 pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a Bloomberg Philanthropies.
Segundo Ivanise, antes do projeto a coleta de dados de acidentes de trânsito em Campo Grande era realizada apenas por meio da análise dos Boletins de Ocorrência (BOs). Hoje, esses dados são enviados ao Ministério da Saúde, que os cruza com suas próprias informações. "Assim, podemos sistematizar esses novos dados e colocar em prática nossas ações".
Custo anual dos acidentes de trânsito no Brasil: R$ 40 bilhões Na última palestra do dia, o técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Henrique Ribeiro de Carvalho, revelou que o custo anual dos acidentes de trânsito no Brasil é de aproximadamente R$ 40 bilhões. A quantia é uma atualização dos últimos dados tabulados pelo IPEA, em 2005 e 2006. Dentro desse número está o custo com acidentes em aglomerados urbanos, superior a R$ 9 bilhões, e o custo dos acidentes em rodovias, de aproximadamente R$ 30 bilhões. Maiores informações podem ser obtidas no site do Congresso emwww.congressodetransito.rs.gov.br
Fonte: Detran/RS
Publicada em 19/07/2012, às 11h20min
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