segunda-feira, 13 de abril de 2015

Motorista de acidente que matou três em Nova Prata admite ter consumido álcool


Testemunhas afirmam que ele teria usado drogas, mas condutor nega


Motorista de acidente que matou três em Nova Prata admite ter consumido álcool   Raquel Fronza / Agência RBS/
Após o acidente, ele teria ido de carona com um desconhecido até a cidade de MarauFoto: Raquel Fronza / Agência RBS
motorista envolvido no acidente que matou três mulheres em Nova Prata, Sidnei da Silva de Moraes, 33 anos, se apresentou na tarde desta segunda-feira na Polícia Civil, acompanhado de advogado. 

O delegado responsável pelo caso, André de Matos Mendes, afirma que Moraes admite ter ingerido bebida alcoólica momentos antes da tragédia. A versão dada pelo condutor é que estaria trafegando pela ERS-324, próximo ao antigo britador do município, em torno das 3h, quando um caminhão que trafegava no sentido contrário com luz alta invadiu a pista em que ele trafegava. No entanto, quatro testemunhas ouvidas pelo delegado acrescentam informações que colocam dúvidas na versão dada por Moraes.

— As testemunhas dizem que ele teria ido a um churrasco, bebido e utilizado drogas, e depois foi a um bar que fica às margens da ERS. Lá, bebeu e usou mais drogas. Ele admite ter bebido pelo menos três cervejas, mas nega o uso de entorpecentes — detalha o delegado.

Uma das testemunhas teria andado de carona com Moraes na noite da sexta-feira, antes do acidente que matou as três mulheres, e ficado assustada com as manobras arriscadas que ele empregava ao volante. Ela afirmaria, ainda, que o motorista estava indo comprar mais drogas em um bairro quando sofreu o acidente. As vítimas estariam indo para casa de carona. 

Ao delegado, o suspeito alegou que saía do bar próximo das 3h para cuidar dos filhos de 10 e 17 anos. Já em casa, as três mulheres pediram carona até uma danceteria às margens da rodovia. Ele estaria indo deixá-las e depois retornaria para casa. Após o acidente, ele teria ido de carona com um desconhecido até a cidade de Marau, se alojado na residência de uma familiar, de onde teria retornado somente nesta segunda, para comparecer à delegacia.

— Ele diz que ficou com medo da reação dos maridos das vítimas, que fizessem algo contra ele, por isso fugiu do acidente — continua o delegado.

O condutor foi encaminhado para exame de sangue nesta segunda-feira. Ele trabalha como instalador de piscinas em Nova Prata e não tinha antecedentes criminais. O advogado que representa Moraes, Lindon Roberto Bolsoni, afirma que o cliente não é usuário de drogas e só estava atendendo ao pedido de levar as vítimas até uma boate. Caso contrário, estaria em casa.

— Ele e a esposa usavam cinto de segurança, e isso foi o diferencial da fatalidade. Ele está muito abalado, machucado inclusive, e vai procurar socorro médico só agora. Está com medo de ser linchado pela família — descreve o advogado.

Moraes era cunhado de Eliane Nunes, 39 anos, e Vera Lúcia Lourenço Nunes, 43, mortas no acidente. Também era amigo da terceira vítima, Grasiela Terezinha Sanches, 43. É casado há mais de dez anos com Luciane Nunes, 36 anos, que ficou ferida, mas passa bem.
Fonte: Jornal Pioneiro

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