sábado, 26 de setembro de 2015

Prefeitura apresenta radiografia do trânsito de Porto Alegre


Foto: Ricardo Giusti/PMPA
Fortunati destacou a importância do estudo para definir políticas públicas
Fortunati destacou a importância do estudo para definir políticas públicas
A Prefeitura Municipal de Porto Alegre apresentou nesta terça-feira, 22, o Boletim Epidemiológico com estatísticas do trânsito. O documento  faz uma radiografia do transito da Capital no período de 2012 a 2014, quando foram contabilizados 64.040 acidentes em vias da cidade, nos quais 21.836 tiveram vítimas e 363 resultaram em mortes no local. A apresentação foi feita pelo prefeito José Fortunati, acompanhado do secretário municipal de Saúde, Fernando Ritter, e do diretor-presidente da EPTC, Vanderlei Cappellari, além de técnicos da prefeitura que elaboraram o estudo. (fotos)
 
Do total de 373 pessoas mortas (dez morreram posteriormente, mas em consequência do acidente), a maioria, 146, eram pedestres e 127, motociclistas. Além dos dados estatísticos, foi realizada uma análise dos fatores, que apontou que as principais condutas de risco em Porto Alegre consistem em velocidade excessiva e inadequada e associação de ingestão de bebida alcoólica e direção, com maior ocorrência à noite e madrugada e finais de semana. Conforme o documento, em Porto Alegre os acidentes de trânsito correspondem à segunda causa de mortalidade por motivos externos - que englobam acidentes e violências - e a primeira causa de internação em hospitais de urgência e emergência.
 
Para o prefeito, o estudo contribui para nortear as políticas públicas que visam prevenir e reduzir os índices de mortalidade no transito. ”É um documento imprescindível para continuar fazendo nossas ações integradas, com a transversalidade das secretarias envolvidas com o tema para melhorar, cada vez mais, o nível de segurança no trânsito da nossa cidade”, afirmou Fortunati. A redução nos índices dos acidentes em Porto Alegre, destacou, é fruto de inúmeras ações de educação para o trânsito, aliada a um olhar rígido dos fiscais do trânsito e um olhar mais cuidadoso com a adequação da sinalização e dos equipamentos públicos.  
 
“A partir destes dados e do grupo de trabalho passamos analisar as causas desses acidentes e a somá-las às políticas públicas”, disse o diretor-presidente da EPTC, destacando o diferencial de Porto Alegre que busca atacar a causa dos acidentes mais graves. Capellari ressaltou ações educativas realizadas nas escolas, nas comunidades e em parceria com entidades da sociedade civil organizada. 
 
O secretário municipal de Saúde fez uma apresentação de todos os índices. “Quando começamos os trabalhos, em 2011, identificamos uma verdadeira epidemia. Então iniciamos uma grande ação para mudarmos as estatísticas de morte no trânsito”, afirmou. 
 
Compromissos públicos - Em 2011 teve início em Porto Alegre a integração das informações de acidentes de trânsito provenientes dos bancos de dados da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com o objetivo de conhecer os acidentes graves e fatais ocorridos no trânsito de Porto Alegre. Foi criada, por decreto municipal, a Comissão de Gestão da Informação. Atualmente, está em criação o Comitê Gestor Intersetorial, através do Decreto Municipal 19.062, de junho 2015, que reunirá os poderes municipal e estadual, secretarias de Trânsito, Educação, Saúde, além de parcerias com a entidade civil organizada. 
 
Sobre o boletim - A publicação lançada pela prefeitura é resultado do trabalho desenvolvido desde 2011 pelo Projeto Vida no Trânsito, por meio do Comitê Institucional composto por técnicos das áreas da Saúde, Trânsito e Educação do município, além de instituições parceiras. 
 
Sobre o projeto - O projeto Vida no Trânsito tem como objetivo o fortalecimento de políticas de prevenção de acidentes por meio de qualificação das informações, planejamento, monitoramento e avaliação das intervenções voltadas prioritariamente a esses dois fatores de risco.
 
Além disso, o projeto também oferece conhecimento mais aprofundado das causas e dos envolvidos nos acidentes, indicando abordagem de solução de problemas de segurança viária a partir dos dados obtidos nas cenas dos acidentes. Capacitação de agentes de trânsito e dos serviços de saúde que atendem na via, indicação de limite máximo de velocidade em determinadas vias, incremento da fiscalização são algumas das medidas indicativas do estudo.

- Acesse o Boletim Epidemiológico clicando aqui.

- Acesse a apresentação com os dados clicando aqui.

Fonte: EPTC

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