quarta-feira, 9 de março de 2011

Na terra e no mar

Este feriado de carnaval foi extremamente trágico no trânsito, com uma curiosidade, no mar também. É lamentável essa nossa indignação impotente. Choramos pelas vítimas, mas não temos ATITUDES DE MUDANÇA. 
No acidente entre o caminhão  e o ônibus, o que aconteceu: imperícia do condutor?  Dimensões da pista?  Excesso de carga? Imprudência do condutor? Deve-se averiguar. Só não podemos responsabilizar o acaso, o azar.
Mas o mais importante é prever através de estudos, estatísticas, condições de acidentalidade e, antecipar a ponto de não haver mais "acasos". Há três anos atrás, na mesma rodovia, outras 27 (VINTE E SETE) PESSOAS, também perderam a vida. E se não tomarmos ATITUDE, estaremos chorando por outros tantos daqui uns anos.
Ao mesmo tempo, em Camburiú, uma menina de 11 anos, irmã de uma amiga querida, foi atropelada junto com outras 8 pessoas no mar, em cima de um "Banana Boat", por uma lancha. Em depoimento a capitania dos portos, o piloto da lancha, o juiz aposentado Disney(Que ironia) Sivieri, declarou que o condutor da outra lancha que puxava o brinquedo atravessou-se na frente! Perguntas: Com prática de 10 anos, como declarado pelo próprio filho em entrevista, não seria imprudência navegar em velocidade imprópria pelo fluxo de banhistas? Com tanta experiência, não observou o local que o brinquedo realiza diariamente, várias vezes ao dia? Não seria ingenuidade pensar que acreditaremos que não foi pedido à ele, o teste de bafômetro(etilômetro) num acidente de tal gravidade? Ou devemos acreditar que os 11 METROS DE LANCHA, o faz ser superior aos demais? (vejam entrevista publicada em edição anterior neste Blog, com o antropólogo Roberto Damatta, que aborda o assunto dos DESIGUAIS)
Excelentíssimo senhor juiz, se alguém atravessar a via que o senhor estiver conduzindo seu veículo em terra, o senhor também passará por cima? Devemos nos cuidar para nunca cruzarmos em sua frente? É lamentável que alguém que passou a vida julgando semelhantes, seja INCAPAZ de admitir seu próprio erro. É provável que não aconteça  nada ao jurista, pelo próprio cooperativismo da classe, mas não gostaria de estar em seu lugar e, olhar para qualquer criança e lembrar da que o senhor tenha machucado. Luz e Paz para a Tamara e sua família.
Até a próxima

Nenhum comentário:

Postar um comentário