sábado, 3 de março de 2012

Quem paga essa conta?


Como instrutor, costumava chamar a atenção dos alunos sobre a sangria dos cofres públicos e, consequentemente nossos bolsos, que geralmente a imprudência nos traz. Desde o final da década dos anos 90, falávamos sobre os custos que os acidentes de trânsito "produziam". Logo no início da implantação do Código de Trânsito Brasileiro, não havia um estudo que pudesse calcular este valor. Falava-se entre 4 a 10 bilhões de reais ao ano. Assusta então, analisar o estudo da matéria abaixo, divulgado pelo Detran/RS, que credita um custo anual de mais de 1,1 bilhão de reais por ano no Rio Grande do Sul.

Mesmo que não haja um estudo similar  em nível nacional, dá para especular uma cifra próxima dos 20 BILHÕES! Este dinheiro vezes é retirado de setores mais diversos como: saúde, educação, trabalho, atravancando processos de melhorias

A pergunta que era repetida e, que você deve estar pensando: O QUE FAZER? 

ATITUDE é a resposta! Começando por você.

Sabe-se que mais de 90% dos acidentes, são causados por imprudência. A partir do 

momento em que mudarmos nosso comportamento, e digo NOSSO não por acaso, a história 

começará a tomar um novo rumo.

A capacidade de indignação do ser humano está de tal forma corrompida pelo pensamento 

do "EU", que não nos damos conta que matamos a nós mesmos e, aos nossos. Pense nisso!

Até a próxima!


Mortes no trânsito custaram R$ 5,3 bilhões ao Estado nos últimos cinco anos, aponta Detran

Somente no ano passado, acidentes com vítimas fatais somaram R$ 1,1 bilhão aos cofres gaúchos

O Rio Grande do Sul perdeu R$ 5,3 bilhões em decorrência de mortes no trânsito só nos últimos cinco anos. Isso é mais do que o orçamento da prefeitura de Porto Alegre em 2012, que soma R$ 4,7 bilhões. Um custo repartido por todos os cidadãos. O cálculo é de que cada morte represente uma perda de R$ 551 mil.

Como morreram 9.708 pessoas em acidentes em vias gaúchas entre 2007 e 2011, a perda supera os R$ 5 bi. A conta não inclui sequelas invisíveis, como tratamento de estresse pós-traumático. A estimativa foi feita, a pedido de Zero Hora, pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RS). A base é um estudo que mostra o custo que cada morte em acidentes acarreta para a população brasileira.

Saiba mais:
Confira o custo da tragédia no Estado

O trabalho, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea, órgão do governo federal) em 2006, foi atualizado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A média é de uma vítima fatal a cada 11 acidentes.

Só em 2011 a perda em decorrência das mortes no trânsito no Rio Grande do Sul foi de R$ 1,1 bilhão. Entre os fatores elencados pela pesquisa como indutores a prejuízos com acidentes de trânsito estão:

— Cuidados em saúde (hospitalar, pré e pós, perda de produção, remoção, IML e funeral);

— Custos do veículo (danos materiais, perda de carga, remoção e estacionamento, conserto);

— Custos da via e do ambiente (danos à propriedade pública, privada e ambientais);

— Custos institucionais (atendimento, policiais, judiciais);

— Sequelas (traumas, estresse).

O cálculo dos custos é baseado numa complexa fórmula matemática que inclui preços diferenciados para automóveis, caminhões e motos envolvidos nos desastres, estrutura hospitalar na região onde ocorreu o desastre, estrutura para remoção de feridos, salário pago para o policial que atende à ocorrência e qualidade das estradas.

Nem tudo são más notícias, ressalta o pesquisador Paulo Fernando Palma Neves, assessor de Planejamento do Detran-RS. Ele lembra que em 2011 foram registradas142 mortes a menos do que no ano anterior nos acidentes ocorridos no Estado:

— A estimativa é de R$ 100 milhões em dinheiro poupados no Rio Grande do Sul em 2011, com a diminuição das mortes em relação ao ano anterior.

Desastre com vítima custa 29 vezes maisCom base em cálculos atualizados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é possível dizer que o custo médio de um acidente sem vítimas, no Brasil, é de R$ 19 mil.

Já cada acidente com ferido tem um custo médio de R$ 90 mil (cinco vezes maior). E a morte num acidentes eleva o custo médio para R$ 551 mil, que é 29 vezes maior do que aquele sem vítimas. É que pessoas feridas ou mortas envolvem despesas extras para o poder público, como remoção, atendimento hospitalar, inquérito policial e, no caso das mortes, necropsia.

Mas existem também as despesas privadas dos familiares — como atendimento médico, reabilitação ou funeral — e todo o prejuízo arcado pela comunidade com a interrupção temporária da rodovia no local do acidente, por exemplo.

— É por isso que o prejuízo não é do Estado e sim de toda a cidadania. Acidentes abalam o PIB (Produto Interno Bruto) de um país — resume o pesquisador Paulo Fernando Palma Alves, do Detran-RS.

No levantamento original realizado pela Ipea, feito em 2006 — que estabeleceu pela primeira vez o custo médio dos acidentes —, foram levadas em conta acidentes nos quais 468.371 pessoas estiveram envolvidas. Dessas, 84,4% saíram ilesas, 14,2% ficaram feridas e 1,4% morreram.



Fonte: Zero Hora

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