quarta-feira, 4 de junho de 2014

Bikeboy - Porto Alegre ganha mais uma opção de serviço sustentável


Nova empresa de transporte de pequenas encomendas com uso de bicicletas começou a funcionar na segunda-feira

Porto Alegre ganha mais uma opção de serviço sustentável Júlio Cordeiro/Agencia RBS
Preparo físico para encarar as ruas da Capital é essencial para Seelig (E) e seus dois colegasFoto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS
Porto Alegre está ganhando mais uma opção de serviço sustentável. Em funcionamento desde segunda-feira, a EcoBike Courier se apresenta como mais uma alternativa ágil e não poluente, realizando entregas em bicicleta, veículo menos dependente dos humores do trânsito de uma metrópole.
Criada em Curitiba, em 2011, a empresa já atua em quatro cidades brasileiras — os outros escritórios estão em Cascavel (PR) e São Paulo. Na capital gaúcha, o time inicial é composto por três entregadores, e a expectativa é chegar a 12 até o final deste ano. Os bikers levam às costas uma mochila grande, com capacidade para 50 litros. Podem carregar documentos, caixas e outros objetos, além de realizar tarefas em bancos e cartórios, por exemplo. A cobrança é baseada na "pedalada" de cinco quilômetros, a R$ 18, e o preço varia se há necessidade de retorno. Todos os bairros da cidade são atendidos.
— Não chega a ser mais barato do que um motoboy. Vendemos um diferencial. Resolvemos problemas — define a gestora Vanessa Cabral Gomes.
A seleção dos funcionários foi feita a partir de dois pré-requisitos básicos: ser ciclista e apaixonado pela prática. Excelente preparo físico é fundamental — a previsão para os expedientes de maior movimento é de que cada um percorra entre 70 e 100 quilômetros, das 8h às 18h. A remuneração fica em torno de R$ 1 mil. Está previsto também o pagamento de comissão, variável de acordo com o número de entregas. Uniformizados em preto e verde, os entregadores dispõem também de capa de chuva — a procura pelo serviço costuma ser maior com clima ruim, que desestimula as pessoas a saírem de casa.
Um dos selecionados para o início das operações da empresa é Emmanuel Seelig, 21 anos. Ciclista há cinco anos, o jovem está habituado a cumprir até 40 quilômetros por dia. Conhecedor das dificuldades do cotidiano de quem pedala no meio urbano, Seelig teve de driblar o receio dos pais na hora de assumir o emprego. Feliz por fazer do hobby uma atividade rentável, ele afirma ter o preparo físico e mental necessário.
— É um ambiente hostil. Querendo ou não, é um trabalho que coloca a sua vida em risco, mas estou acostumado — comenta Seelig. — A cidade tem que começar a se adaptar a esse tipo de serviço. Cada vez mais, o foco é o ambiente e as opções sustentáveis.
No mesmo ramo desde 2012, os participantes da cooperativa Vélo Courier fazem uma avaliação positiva do desempenho no período. Cobrando entre R$ 8 e R$ 30, os bikeboys rodam, em média, 50 quilômetros diários. Eram dois entregadores no princípio, hoje são cinco.
Fonte: Zero Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário