quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Acessibilidade no Trânsito

Há algum tempo, estava em débito com minha amiga Gisele Gomes, a qual havia me comprometido publicar matéria referente à acessibilidade.
Com auxilio do Sest Senat de Porto Alegre, segue algumas dicas importantes de como ser útil, a uma pessoa com necessidades especiais:
Em primeiro lugar, pergunte se é necessária a sua ajuda.  Ser inoportuno é algo comum nestas situações. Lembre-se que muitas destas pessoas, convivem com suas características há muito tempo. Seja natural e discreto. O constrangimento é as vezes mais doloroso, que a limitação.
  • v  Deficiência Visual:

Ø  Não segure a pessoa. Ofereça a ela seu braço para conduzi-la. Onde houver balaústre ou corrimão, coloque a outra mão da pessoa sobre;
Ø  Procure descrever o caminho e situações que irão percorrer, mas lembre-se, o deficiente visual não é surdo! Fale com a mesma tonalidade de voz, que você falaria para um ouvinte;
Ø  Caso a pessoa seja sua passageira, não “sente a pessoa”! Coloque a mão dela sobre o encosto do banco, que ela mesma se acomodará. Na hora do desembarque, estacione o veículo em locais próprios, que não atrapalhe o trânsito e, não dificulte o procedimento da pessoa. Não pare em locais proibidos, em frente de postes, hidrantes, árvores, bancas de jornal, poças d’águas, etc. Continue descrevendo as situações, para que ela possa “visualizar” o que vai ocorrer;
Ø  Importante: Caso a pessoa esteja acompanhada de cão guia, a Lei garante a entrada do animal em ambiente público. Faça valer este direito;
Ø  Na travessia de uma via, calcule o tempo para tal, evitando correrias ou situações de riscos;
Ø  Na condução de veículos, evite manobras bruscas, curvas em velocidades, paradas rápidas, velocidade incompatível, etc. Lembre que seu passageiro não pode antever uma situação de risco, mesmo que você esteja descrevendo;


  • v  Deficiência Motora:

  • Ø  No caso de uso de muletas, andadores ou bengala, caminhe sempre um passo atrás. Se a pessoa for uma criança ou tenha dificuldade de equilíbrio, fique atrás da mesma, principalmente se ela for subir em um veículo. Neste caso, pergunte se ela quer que você segure suas muletas ou a apóie;
  • Ø  No desembarque desça primeiro e, se posicione de forma que possa ajudá-la, ficando na frente dela;
  • Ø  Quase sempre, a dor é companheira constante destas pessoas, por isto lembre que quanto mais lento os movimentos,  menor o risco de desconforto;
  • Ø  Há diferença entre as dificuldades temporárias e as definitivas. Geralmente as definitivas já foram assimiladas, permitindo inclusive a condução de veículos. Já as temporárias, quase sempre limitam a pessoa a ponto de terem de abdicar do direito de dirigir;
  • Ø  Caso a pessoa utilize cadeiras de rodas, é recomendado o uso de veículos apropriados ao transporte. Hoje existem ônibus, Táxi e lotações preparados para acessibilidade. Respeite os lugares reservados para estes passageiros;
  • Ø  Cuide para não estacionar, nem parar em locais em que a calçada seja rebaixada ou, reservadas para deficientes físicos;


  • v  Deficiência Auditiva:

  • Ø  É bom lembrar que esse tipo de deficiência, não impede que a pessoa possa conduzir, veículos automotores;
  • Ø  Uso de buzinas ou dispositivos de áudio são dispensáveis;
  • Ø  Comunique-se com a pessoa sempre de frente. Caso ela saiba, poderá fazer a leitura labial;
  • Ø  Não grite! Ela não vai escutar e, poderá soar como agressivo;
  • Ø  A mímica e expressões corporais são fundamentais neste tipo de comunicação;
  • Ø  Se não entender ou se fazer entendido, escreva;
  • Ø  Observe se o veículo ao lado ou a frente, indica por adesivo a condução de uma pessoa não ouvinte;


  • v  Deficiência Mental:
  • Ø  Não havendo conhecimento das seqüelas apresentadas pela doença, preste atenção aos movimentos que indiquem que a pessoa corra perigo;
  • Ø  Respeite o ritmo da pessoa, não a apresse. Cada um tem o seu tempo.
  • Ø  Trate-a de acordo com sua idade;
  • Ø  Neste, como nos demais casos, utilize sempre o cinto de segurança. Se houver algum apropriado para cada situação, faça uso;

Bibliografia:
Curso para condutores de veículos de transporte coletivo de passageiros – Sest Senat
Agora o mais importante, trate uma pessoa com necessidade especial IGUAL. Igual como você gostaria de ser tratado. Abaixo um vídeo do CONADE, explicando um pouco mais sobre acessibilidade, bem como o link do Projeto de Lei 166/10, que trata da mobilidade urbana.

Até a próxima!







http://www.senado.gov.br/atividade/materia/getPDF.asp?t=81964&tp=1

Um comentário:

  1. Bem legal,adorei!Passo parte disso em aula,acrescentou bastante.
    Magda Salerno

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