Reunião ocorreu na quinta-feira com integrantes da Associação Pela Mobilidade Urbana em Bicicleta, e com o presidente da ETPC e secretário de Transporte da Capital, Vanderlei Cappellari
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, confirmou a sanção da Lei do Estatuto de Pedestre, que institui tempo mínimo de 30 segundos nas sinaleiras de travessia de pedestres em ruas e avenidas – que hoje é de apenas 10 segundos em algumas vias. A reunião ocorreu na quinta-feira com integrantes da Associação Pela Mobilidade Urbana em Bicicleta (Mobicidade), e com o presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (ETPC) e secretário de Transporte da Capital, Vanderlei Cappellari.
Fortunati anunciou a aprovação do projeto sem modificações, o que deve ocorrer até a próxima semana, quando termina o prazo de 15 dias imposto por lei. Depois, haverá a publicação no Diário Oficial, e a lei entrará em vigor.
Cadu Carvalho, 33 anos, coordenador de comunicação da Mobicidade, destacou a influência da lei no dia a dia da população.
– Acho que esta lei tem uma grande importância prática para tornar a cidade mais igualitária para as pessoas circularem. Todo mundo é pedestre – disse.
Com dificuldades de locomoção devido a uma prótese na perna esquerda, Christiano Noll, 32 anos, comemorou a notícia:
– Na Avenida Carlos Gomes, que eu uso quase todos os dias, é muito ruim em função das obras e do tempo reduzido. São só 10 segundos. A lei vai ajudar muito, não só a mim, mas também outras pessoas que têm dificuldade.
Há, entretanto, uma preocupação com os transtornos que a norma pode causar. Segundo o presidente da EPTC e secretário de Transporte da Capital, Vanderlei Cappellari, a fluidez do trânsito será impactada. Outro ponto é o transporte coletivo. A mudança no tempo mínimo pode aumentar o tempo de viagem para os usuários.
EPTC aponta para risco com o impacto na fluidez do trânsito
A EPTC fará simulações para ver o impacto que irá causar em termos de circulação na cidade e projetar soluções para o trânsito.
O vereador Nereu D’avila (PDT), criador do projeto na Câmara, salienta que a lei pretende que o pedestre seja sempre beneficiado, mas que é preciso ver o conceito na prática:
– Hoje, o trânsito não é homogêneo. Este tempo mínimo de 30 segundos uniformiza a cidade, mas a cidade não é uniforme. As pessoas mais velhas, com deficiência terão benefícios. Conforme esta ótica, é positivo, mas, se for inviabilizar o trânsito, vamos ter que modificar.
Carvalho concorda que a lei pode trazer consequências para o fluxo de veículos, mas acredita ser necessária para melhorar a Capital:
– Em horários de pico, é mais rápido ir a pé do (bairro) Bom Fim ao Moinhos, ou do Bom Fim ao Centro. A gente acaba esquecendo dessa opção. Em 20 minutos de caminhada, você pode vivenciar a cidade de uma forma diferente, espero que surja essa reflexão. As pessoas precisam pensar nesta questão, no quanto nós podemos fazer a pé.
OS SEMÁFOROS
- Hoje, o tempo das sinaleiras de pedestres é estipulado a partir de um estudo técnico (considerando velocidade média de 1 m/s).
- No cruzamento das avenidas Siqueira Campos e Borges de Medeiros, o tempo da sinaleira é maior. Entre as avenidas Ipiranga e Erico Verissimo, há movimento intenso de carros, mas menos pedestres. E, desta forma, o tempo é menor.
O Estatuto do Pedestre
- Assembleias com associações para discussão de problemas de trânsito.
- Criação de um conselho para reivindicação e discussão de problemas de trânsito.
- Ouvidoria: órgão oficial para reclamação e colaboração.
Fortunati anunciou a aprovação do projeto sem modificações, o que deve ocorrer até a próxima semana, quando termina o prazo de 15 dias imposto por lei. Depois, haverá a publicação no Diário Oficial, e a lei entrará em vigor.
Cadu Carvalho, 33 anos, coordenador de comunicação da Mobicidade, destacou a influência da lei no dia a dia da população.
– Acho que esta lei tem uma grande importância prática para tornar a cidade mais igualitária para as pessoas circularem. Todo mundo é pedestre – disse.
Com dificuldades de locomoção devido a uma prótese na perna esquerda, Christiano Noll, 32 anos, comemorou a notícia:
– Na Avenida Carlos Gomes, que eu uso quase todos os dias, é muito ruim em função das obras e do tempo reduzido. São só 10 segundos. A lei vai ajudar muito, não só a mim, mas também outras pessoas que têm dificuldade.
Há, entretanto, uma preocupação com os transtornos que a norma pode causar. Segundo o presidente da EPTC e secretário de Transporte da Capital, Vanderlei Cappellari, a fluidez do trânsito será impactada. Outro ponto é o transporte coletivo. A mudança no tempo mínimo pode aumentar o tempo de viagem para os usuários.
EPTC aponta para risco com o impacto na fluidez do trânsito
A EPTC fará simulações para ver o impacto que irá causar em termos de circulação na cidade e projetar soluções para o trânsito.
O vereador Nereu D’avila (PDT), criador do projeto na Câmara, salienta que a lei pretende que o pedestre seja sempre beneficiado, mas que é preciso ver o conceito na prática:
– Hoje, o trânsito não é homogêneo. Este tempo mínimo de 30 segundos uniformiza a cidade, mas a cidade não é uniforme. As pessoas mais velhas, com deficiência terão benefícios. Conforme esta ótica, é positivo, mas, se for inviabilizar o trânsito, vamos ter que modificar.
Carvalho concorda que a lei pode trazer consequências para o fluxo de veículos, mas acredita ser necessária para melhorar a Capital:
– Em horários de pico, é mais rápido ir a pé do (bairro) Bom Fim ao Moinhos, ou do Bom Fim ao Centro. A gente acaba esquecendo dessa opção. Em 20 minutos de caminhada, você pode vivenciar a cidade de uma forma diferente, espero que surja essa reflexão. As pessoas precisam pensar nesta questão, no quanto nós podemos fazer a pé.
OS SEMÁFOROS
- Hoje, o tempo das sinaleiras de pedestres é estipulado a partir de um estudo técnico (considerando velocidade média de 1 m/s).
- No cruzamento das avenidas Siqueira Campos e Borges de Medeiros, o tempo da sinaleira é maior. Entre as avenidas Ipiranga e Erico Verissimo, há movimento intenso de carros, mas menos pedestres. E, desta forma, o tempo é menor.
O Estatuto do Pedestre
- Assembleias com associações para discussão de problemas de trânsito.
- Criação de um conselho para reivindicação e discussão de problemas de trânsito.
- Ouvidoria: órgão oficial para reclamação e colaboração.
fonte: ZERO HORA
Nenhum comentário:
Postar um comentário